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Entrevistamos Daniel Bernardo, jovem estudante de Galego em Vila Franca do Berzo

Entrevistamos Daniel Bernardo, jovem estudante de Galego em Vila Franca do Berzo

Por Manuel González Prieto

Entrevista a Daniel Bernardo.

No ano 2001, a Junta de Galiza e a Junta de Castela e Leom assinárom o Acordo de Cooperaçom para a Promoçom do Idioma Galego no Berzo, que permite que, nos centros adscritos ao programa, os estudantes de verdadeiros níveis do ensino obrigatório nom só podam estudar a matéria de Língua Galega, como também optar por um módulo em Língua Galega para o estudo doutras matérias, que tratam aspetos históricos e culturais.

No curso 2007-2008 as administraçons educativas da Galiza e Castela e Leom comprometêrom-se a estudar um modelo para oferecer nos centros de ensino que desenvolvem o Programa para a Promoçom do Idioma Galego em Castela e Leom, a Língua e Cultura Galegas como matéria optativa. Esta via permite a obtençom do CELGA III, título que possibilita aceder aos concursos públicos oferecidos pola Administraçom galega.

No passado dia 4 de maio de 2015, a Conselharia da Educaçom da Junta de Castela e Leom mandou para fora do currículo de Bacharelato no Berzo a matéria de Língua e Cultura Galegas. Segundo a nove ordem educativa, é considerada matéria de livre configuraçom autonómica e dada em horário nom letivo. O estudantado tem mais três horas em 1ª Bacharelato e 4 horas mais em 2ª de Bacharelato. A aplicaçom da LOMQE nos centros de ensino berzianos provoca que haja só um aluno em 1º de Bacharelato no IES Sarmiento, em Vila Franca do Berzo.

É por isso que entrevistamos Daniel Bernardo.

1. Daniel, porque é que estudas Galego? E porque recomendas estudar Galego aos estudantes berzianos mais novos?

Existem várias razons que o explicam. A fundamental é que som nado em Lugo e desde muito pequeno resido em Vila Franca do Berzo. É por isso que me pareceu muito positivo participar no Programa para a promoçom do idioma galego no Berzo. O Berzo, devido à sua situaçom geográfica, está em estreito contato com a Galiza, sendo parte da sua história. Isto explica que muitos berzianos empreguem a língua galega de forma habitual, e eu quero ser um mais entre eles.

Daí que o programa seja muito interessante e de grande utilidade para os berzianos e berzianas.
Recomendo o estudo da língua galega, já que tem muitos benefícios.

O principal é a possibilidade de obter emprego na Galiza de umha forma mais singela que sem ter conhecimentos de língua.

O galego também incrementa as possibilidades de aceder a um emprego no Berzo, já que muitas empresas exigem algum título CELGA.

Nom podemos esquecer que a língua galega está em estreito contacto com a lusofonia, um total de duzentos milhons de falantes, com os quais podemos estar em contacto de umha forma mais singela.

2. A aplicaçom da LOMQE está recebendo numerosas críticas negativas por parte da comunidade educativa. Que opiniom che merece? Que conseqüências julgas que irá ter no médio e longo prazo?

A LOMQE é o principal obstáculo para o sucesso do Programa para a Promoçom do Galego no Berzo. Evidentemente, som contra a aplicaçom dessa lei, já que relega o galego a matéria de livre configuraçom, o que supom um menosprezo pola nossa língua. É injusto que desapareça um idioma tam benéfico para o Berzo, que nos fará perder parte da nossa cultura berziana.

As conseqüências derivadas da sua aplicaçom nom serám a meio e largo prazo, senom imediatas, e à medida que esta se vá assentando, medrará a insegurança entre os alunos que cursem a matéria.
A LOMQE desloca o galego para fora do horário letivo habitual, o que me obriga a ter umha hora diária mais de classe. No meu instituto, em 1º de Bacharelato, onde a lei já está assente, a matéria é lecionada às 07.45 horas e o alunado que emprega habitualmente o transporte escolar nom pode escolhê-la, umha vez que a essa hora nom funciona o autocarro escolar. No ano passado fomos 14 alunos e alunas em 4o ano da ESO e, neste ano, um só aluno em 1º de Bacharelato.

3. No ano 2001, a Junta de Galiza e a Junta de Castela e Leom assinárom o Acordo de Cooperaçom para a Promoçom do Idioma Galego no Berzo, que permite que nos centros adscritos ao programa, os estudantes de verdadeiros níveis do ensino obrigatório nom só podam estudar a matéria de Língua Galega, como também podam optar por um módulo em Língua Galega para o estudo de outras matérias que tratam aspetos históricos e culturais. No ano letivo 2007-2008, as administraçons educativas da Galiza e Castela e León comprometêrom-se a estudar um modelo para implantar o Galego em centros de Bacharelato. Que papel jogárom as administraçons leonesa e galega na promoçom do Programa? Quais som as tuas recomendaçons a umha e outra Administraçom?

É óbvio que ambas as administraçons fôrom as promotoras e responsáveis pola ativaçom do Programa para a Promoçom do Idioma Galego no Berzo. Durante a sua etapa inicial, o Programa funcionou bem, mas por algumha razom que desconheço, perdeu prestígio de forma progressiva. Com o passar do tempo, aparecêrom numerosos inimigos e alguns aspetos “fulcrais” ficárom de parte: O Galego ficou desprotegido.

Ambas as administraçons devem mudar completamente a sua atitude para com o Programa.
A Junta de Castela e Leom tem que deixar de o conceber coma sendo um simples programa mais, e tomá-lo como “fulcral”, contribuindo assim para o correto desenvolvimento cultural da comarca berziana.

No transcurso de o Debate das Arelas de Sarmiento, decorrido no passado dia 9 de março, em Vila Franca do Berzo, a representante da Educaçom da Deputaçom de Leom dixo que, na aplicaçom da LOMQE: “Contárom com professores que estimárom oportuno fazer esta mudança”, -para a minha surpresa-. Eu perguntei-lhe entom se os professores eram de Galego, e ela respondeu-me com um rotundo “nom”, e isso preocupa-me muito, já que denota que os responsáveis da Junta de Castela e Leom nom levam a sério o Programa, incumprindo com o disposto no artigo 5 do Estatuto de Autonomia de Castela e Leom, que recolhe que: “Desfrutará de respeito e protecçom a língua galega nos lugares onde habitualmente for utilizado”.

Por outra parte, a Junta da Galiza deve ser capaz de pôr em marcha os mecanismos de pressom necessários para a defesa frente às contínuas violaçons que sofre a língua galega por parte de Castela. Percebo que a Junta da Galiza se humilha, deixando que Castela aplique a LOMQE, umha lei que pretende atentar contra a língua e cultura galegas.

No Berzo, o Programa para a Promoçom do Idioma Galego no Berzo é voluntário: “nom é obrigatório aprender a falar galego no Berzo?. O programa é benéfico para leoneses, berzianos, galegos e castelhanos. Entom, porque ir contra ele?

Foto de Suso Varela.

Última modificação emDomingo, 03 Abril 2016 22:15
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